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17/08/2024

Silvio Santos morre aos 93 anos em São Paulo

DA REDAÇÃO

O empresário e apresentador Silvio Santos morreu aos 93 anos neste sábado (17). Segundo o hospital Albert Einstein, Silvio morreu em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por influenza (H1N1).
O apresentador foi um dos maiores nomes da televisão brasileira, em especial à frente do Programa Silvio Santos, que comandava desde 1963, e do Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, que entrou no ar em 1981.
Em 18 de julho de 2024, o comunicador foi internado no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, para se recuperar de H1N1. Teve alta dois dias depois. Em 1º de agosto do mesmo ano, voltou a ser hospitalizado, segundo a assessoria de imprensa da emissora, para passar por exames de imagem.
Silvio Santos deixa a viúva Íris Abravanel, com quem era casado desde 1978 e teve as filhas Daniela Patrícia, Rebeca e Renata. Também deixa as filhas Cíntia e Silvia, do primeiro casamento, com Cidinha, que morreu em 1977.
Silvio Santos nasceu com o nome de batismo Senor Abravanel, em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Seus pais, Alberto e Rebeca, eram imigrantes de origem judia, e ele foi o mais velho de cinco irmãos.
Estudou contabilidade e, no tempo livre, trabalhava como camelô nas ruas do Rio de Janeiro, vendendo canetas e capas de plástico para títulos de eleitor nas eleições de 1946. Na mesma época, começou a fazer pequenos trabalhos de locução de rádio.
Aos 18 anos, em 1948, serviu o Exército na Escola de Paraquedistas. Aos domingos, trabalhava para uma rádio no Rio. Após sair do exército, continuou como locutor, entre outros trabalhos, como a venda de anúncios em caixa de som na barca Rio-Niterói.
Em 1954, Silvio assinou o primeiro contrato fixo como locutor, na Rádio Nacional de São Paulo. Depois, foi chamado pelo empresário Manuel de Nóbrega para ser animador de seu programa na Rádio Nacional.

'Programa Silvio Santos'
A popularidade da estreia de Silvio como apresentador motivou o diretor da TV Paulista, Paulo de Grammont, a oferecer ao empresário a oportunidade de alugar o horário vespertino dominical da emissora.
Desde o começo, em 1963, o "Programa Silvio Santos" era mais uma faixa de horário na programação comandada pelo apresentador do que programa em si. Tanto que, na estreia, era constituído pelas atrações "Cuidado com a buzina", "Justiça dos homens" e "Pra ganhar é só rodar".
Nas décadas seguintes, o "Programa" foi exibido aos domingos e durante a semana em canais diferentes, como Globo e Rede Tupi – às vezes, até dois ao mesmo tempo.
Com a fundação do canal próprio de Silvio, o SBT, em 1981, o "Programa Silvio Santos" se tornou uma das bases da emissora aos domingos, um agrupamento de programas clássicos como "Namoro na TV" e "Topa tudo por dinheiro", e quadros como a famosa "Câmera Indiscreta" (atual "Câmeras Escondidas").

Fortuna
Além de ser o fundador e dono do Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, Silvio teve uma trajetória empresarial de décadas de sucesso, que deu origem ao Grupo Silvio Santos (GSS), hoje um conglomerado bilionário.
Começou como camelô. Logo cedo, mostrou ser um vendedor nato, com grande capacidade de comunicação e persuasão — características que ajudaram a alavancar o Baú da Felicidade, que assumiu em 1958.
Era o início do Grupo Silvio Santos (GSS), que se desdobrou em setores como cosméticos, capitalização, mídia e comunicação, incorporação imobiliária e hotelaria. Além do SBT, empresas como a Jequiti e a Liderança Capitalização são parte dos negócios da família.
O portfólio de empresas de Silvio Santos garantiu que ele entrasse na seleta lista de bilionários da revista Forbes em 2013, com uma fortuna estimada em US$ 1,3 bilhão.
À época, a revista destacou que o patrimônio do apresentador fez dele a “primeira celebridade bilionária brasileira”. O Grupo Silvio Santos já tinha mais de 30 empresas no portfólio, com vendas anuais de US$ 2 bilhões.
Silvio entrou no ranking de bilionários dois anos após a venda do banco PanAmericano, do qual era acionista controlador. O BTG Pactual pagou R$ 450 milhões pela operação, em meio a um escândalo contábil envolvendo o banco.


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