Cidade & Região

07/08/2024

Polícia identifica piloto de avião que caiu em Birigui

A Polícia Civil de Birigui (SP) identificou na segunda-feira (5), o piloto do avião que caiu na tarde de sábado (3) em uma fazenda na zona rural da cidade, após levantar voo do aeroclube instalado no município. Trata-se de Haroldo Cláudio Marschiner Hager, 65 anos, e que estaria residindo em um hotel em São Paulo.
Ele era a última das três possíveis vítimas que ainda não havia sido identificada. Foi confirmada a identidade de Josué da Silva Lobato, 42 anos, que havia assinado o abastecimento da aeronave, segundo informações passadas para a Polícia Civil de Birigui ainda na noite de sábado.
A terceira vítima seria o eletricista Welington Vieira de Carvalho, 43, conforme já divulgado pelo Hojemais Araçatuba. Ele teria sido convidado pelo piloto para fazer um passeio e iria realizar o sonho de voar pela primeira vez.
Ainda de acordo com a polícia, a testemunha que possui um hangar no aeroclube e que informou ainda no sábado ter visto os três ocupantes do avião antes do embarque, observou fotografias e reconheceu Haroldo como sendo o piloto e Welington como sendo o passageiro, que havia sentado atrás dele.

Mistério
A polícia ainda tenta descobrir quem seria o proprietário da aeronave, que está registrada em nome de uma empresa de equipamentos fotovoltaicos. Segundo o que foi informado, nenhum dos ocupantes teria se identificado como proprietário do avião.
A informação que teriam passado ao ir buscá-lo, é de que ele estaria em processo de transferência e, provavelmente, ficaria parado no aeroporto de Socorro para aguardar os trâmites.
O representante do hangar informou à polícia que a aeronave havia permanecido no local do dia 6 de maio a 7 de junho para troca de óleo e filtro. Depois disso, teria ficado estacionada no pátio do aeroclube de Birigui.

Investigação
Segundo a Polícia Civil de Birigui, no início da manhã desta segunda-feira foi instaurado o inquérito policial para investigar a queda do bimotor Beech Aircraft, prefixo PS-RCM, fabricado em 1961.
Ainda pela manhã, o advogado contratado pela família do eletricista que era passageiro do avião esteve na delegacia. Ele confirmou que a vítima havia saído de casa, em Campinas, por volta das 4h de sábado, informando que faria um voo de avião a convite de um amigo que seria piloto.
Os dois trocaram mensagens até pouco tempo antes do embarque. Depois ela deixou de receber mensagens e mais tarde, soube que havia ocorrido um acidente aéreo, constatando que ele poderia ter sido uma das vítimas.
No domingo a mulher esteve em Araçatuba acompanhada de um irmão, do qual foi coletado material genético para exame de confronto de DNA. Em visita ao IML foi verificado que um dos corpos apresentava um pino no fêmur da coxa esquerda, característica compatível com o eletricista.

Piloto
Já a identidade do piloto foi informada à polícia no início da tarde pelo Seripa IV (Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), por meio de contato telefônico.
Segundo o que foi informado, Haroldo cadastrou plano de voo junto ao órgão, onde constou a saída do aeroclube de Birigui, com destino ao aeroporto da cidade de Socorro. O tempo estimado de voo era de 2 horas e 6 minutos. Não havia cadastro dos demais ocupantes do avião.
O Seripa IV também informou que o piloto estava residindo atualmente em um hotel no bairro da Sé, em São Paulo, e tinha apenas o contato da ex-mulher dele. A polícia conseguiu contato com essa mulher e deve ser coletado material genético do filho do casal para confronto com os corpos das vítimas do acidente aéreo.
A informação obtida pela polícia é de que o IML de Araçatuba encaminhará os corpos ao IML central em São Paulo, para as demais perícias de confronto de DNA. Somente após a conclusão dos trabalhos é que eles devem ser liberados aos familiares.

(Com Agência Trio Notícias)

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