27/06/2021
DA REPORTAGEM
A família da pequena Mariana Vitória Pereira Soler, de apenas 10 anos, está buscando ajuda para continuar com o tratamento da menina, que é de Penápolis, mas que, nos últimos meses tem vivido com a mãe, Simone Pereira Soler, na cidade de Ribeirão Preto para o tratamento da filha, que nasceu com mielomeningocele, um defeito da coluna vertebral e da medula espinhal, que acontece nas primeiras semanas de gestação, quando não se formam normalmente. Mariana acabou desenvolvendo outras patologias durante sua vida e hoje passa pelo difícil processo de hemodiálise enquanto aguarda na fila de transplante de um rim.
A família, que conta somente com a renda do marido, Elias Soler Fiel, e tem ainda uma filha mais velha, Júlia Vitória, e busca recursos para que Simone e Mariana possam se manter em Ribeirão Preto enquanto a menina continua seu acompanhamento no Hospital das Clínicas.
Mariana nasceu pré-matura, com sete meses, momento em que foi identificada a má formação de sua coluna.
Com quatro dias de vida, ela foi submetida à sua primeira cirurgia, quando foi feito o preenchimento de vértebras que faltavam em sua coluna com um material em silicone, sendo este apenas um dos primeiros, de muitos, procedimentos feitos posteriormente.
Aos três anos, ela também precisou ser submetida à novo procedimento cirúrgico, desta vez de uma hidrocefalia, que é um acúmulo de líquido excedente nos espaços normais dentro do cérebro.
Aos seis anos, mariana passou novamente por uma cirurgia. Desta vez, o procedimento foi necessário para a correção de seus pés por causa da má formação na coluna.
Ainda por causa de seu problema na medula espinhal, Mariana passou a sofrer com problema de intestino e bexiga neurogênicos, que é quando a pessoa perde a sensibilidade sob à sensação de necessidade de evacuação. Em 2018, ela passou por cirurgia para tentar ampliar sua bexiga.
Rins
Segundo a mãe da menina, mesmo com todos os cuidados que a família tem com ela, a situação se agravou mais no ano passado. Segundo Simone, a filha passou por uma forte gripe em fevereiro do ano passado, o que prejudicou o funcionamento de seus rins. “Até então, pouco se sabia sobre a Covid-19 na área da medicina. Foi somente depois, com maior conhecimento sobre os sintomas e a doença em si, que os médicos passaram a suspeitar que, em fevereiro do ano passado, minha filha já tenha sido acometida pela Covid, o que causou este prejuízo em seus rins”, explicou Simone.
Por causa disso, seu tratamento foi intensificado no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto. Com a falta de funcionamento adequado dos rins, os médicos tentaram a opção de diálise em Mariana, que é quando se faz o uso de equipamento específico que infunde e drena uma solução especial diretamente no abdômen do paciente, entretanto, a menina não reagiu bem aos procedimentos cirúrgico, necessários para a este procedimento.
“Foi aí que os médicos optaram pela hemodiálise em minha filha. Desde então ela vem sendo submetida ao procedimento em Ribeirão Preto”, explicou a mãe.
A família até tentou a hemodiálise da menina na região, entretanto, na época, esbarraram na dificuldade em encontrar um nefro pediatra que a atenda, tendo que retornar ao HC de Ribeirão, onde ela, desde então, mãe e filha vivem por conta do tratamento. Além disso, Mariana aguarda na fila de espera por um transplante de rim.
“Tem sido um período muito difícil, de muita garra de nossa família e, principalmente, da minha filha, já que se trata de um procedimento muito difícil e cansativo para ela”, destacou. Mariana ainda esbarra na dificuldade da própria hemodiálise. Isso por que, muitas vezes, seu corpo não reage da forma como esperado durante o procedimento, ficando muito mal, fato que a equipe médica que acompanha Mariana ainda tenta entender. “Seu organismo reage de forma negativa quando ela passa pelo procedimento. É como se ela fosse alérgica ao próprio sangue recebido, com sintomas de alergia, muitas vezes sintomas graves”, disse a mãe de Mariana.
Ajuda
Apesar de todas as dificuldades na área da medicina, a família ainda enfrenta dificuldades para manter mãe e filha em Ribeirão Preto.
Por conta do tratamento, Simone e Mariana chegam a passar até três meses naquela cidade. “Infelizmente, minha filha não tem condições de viajar sempre, por que ela não aguenta devido à sua saúde debilitada. Além disso, ela depende de alta médica para viajar e ficar longe do hospital, por isso, passamos mais tempo lá do que em Penápolis”, explicou Simone.
Ainda segundo ela, a família vive apenas da renda do marido, que trabalha em uma usina da região, e da ajuda de familiares.
Simone recebe uma pequena ajuda da Prefeitura de Penápolis, que contribui com o pagamento do aluguel, água e energia da pequena casa onde residem. Entretanto, mesmo morando apenas mãe e filha, os gastos são muito grandes. “Isso porque ainda temos gastos com remédios, fraldas, alimentação, e um leite especial que Mariana consome. Sem contar o transporte quando precisamos”, destacou.
Elas moram a cerca de dois quilômetros do HC onde Mariana faz seu tratamento e precisa ir diariamente. Simone explicou que, para tentar economizar, sai todos os dias às 05h30 e vai a pé empurrando a cadeira de rodas da filha até o hospital. O mesmo acontece na volta, ao fim do dia. “O dinheiro que tenho, acabo reservando para pagar o transporte dela em dias chuvosos ou que ela não esteja bem. É caro o transporte de Uber ou táxi por que precisa ser um veículo adaptado. Tem muitos dias que preciso escolher, ou eu pago o transporte ou a gente come”, lamentou.
Para tentar ajudar nestes gastos, a família até tenta realizar rifas para levantar fundos, mas o valor ainda é insuficiente, tendo eles decidido procurar ajudar, através das redes sociais, de pessoas que teriam condições de contribuir com qualquer quantia. “Todos os dias, nosso objetivo é o de oferecer as melhores condições de tratamento para minha filha. Não me canso de estar com ela. Infelizmente não temos condições financeiras, por isso decidimos pedir ajuda para que possamos continuar com o tratamento de minha filha”, finalizou Simone.
Banco
As pessoas que puderem ajudar com qualquer quantia podem fazer transferência bancária para o Banco Itau, agência 1635, conta corrente 43707-0 em nome de Simone Pereira Soler.
Quem preferir também pode realizar um PIX para esta mesma conta com CPF de Simone: 404.586.808-93.
(Rafael Machi)
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