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Diário de Penápolis

Cidade & Região

07/04/2021

Santa Casa enfrenta falta de anestésico para pacientes

DA REPORTAGEM

Além da constante ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por causa da Covid-19, a Santa Casa de Penápolis, agora, tem enfrentado outro problema que pode prejudicar os atendimentos feitos na unidade, sendo, desta vez, a falta de medicamentos utilizados na intubação de pacientes. 
O caso foi relatado pela TV Tem, e a informação é que a medicação usada nestes pacientes acabou, e a Santa Casa tem encontrado muitas dificuldades para comprar, já que a demanda tem sido alta. Entre os medicamentos está o Midazolam e o Fentanil. A solução encontrada pelo hospital até o momento seria a substituição de anestésicos até que estes medicamentos cheguem e possam ser utilizados novamente. 
Segundo o que foi divulgado, em relação ao Midazolam, pelo menos 300 ampolas deste medicamento teriam sido enviados ao hospital no final de semana. Entretanto, a Santa Casa informou que cerca de 120 ampolas são usadas por dia, sendo que a quantidade pode variar dependendo do número de pacientes intubados na UTI. Desta forma, o estoque seria suficiente para apenas dois dias no hospital. 
Já em relação ao Fentanil, outro sedativo também usado em pacientes intubados, é outro medicamento em falta. Segundo o que foi informado, a alternativa encontrada, foi sua substituição também por outro medicamento. Entre estas alternativas estaria o Diazepam e, em alguns casos, até mesmo a Morfina.
Apesar da substituição, a direção do hospital teria informado que estes medicamentos não seriam os mais indicados, mas seria a única solução no momento para manter o atendimento aos pacientes intubados. 
O Governo Estadual disse que após constantes cobranças da Secretaria de Estado da Saúde por medidas urgentes ao Ministério da Saúde para auxílio no fornecimento de medicamentos para intubação, o Governo Federal liberou ao Estado de São Paulo, desde a semana passada, 215.313 ampolas de neurobloqueadores e anestésicos, o que corresponde a apenas 6% do que é preciso para atender a demanda mensal da rede pública estadual. O necessário seriam 3,5 milhões de ampolas.
A secretaria tem tentado fazer acordos com farmacêuticas e faz o monitoramento diário da demanda, além de pedir a ampliação da disponibilidade de compra ao Governo Federal.
A reportagem do DIÁRIO também tentou contato com a Organização Social de Saúde (OSS) responsável pela administração do hospital, a Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), que confirmou que os medicamentos estão em falta no mercado para aquisição devido a grande demanda. Garantiu ainda que os pacientes estão sendo atendidos através da subistituição dos sedativos até que a novas compras sejam realzidas ou que os "kits intubação" sejam envia dos pelo governo.

(Rafael Machi)


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