09/01/2021
Relato emocionado da filha mostra detalhes do sacerdócio da medicina ao longo de 44 anos de carreira
Há 44 anos o médico Dr. Carlos Benetti dedica-se com maestria à Medicina, em especial à oftalmologia humanizada.
Me foi dada a oportunidade de escrever sobre os 44 anos de Medicina exercidos pelo meu pai. Sou feliz e grata por seguir seus passos. Sim, somos oftalmologistas por amor, vocação e muito trabalho! E compartilhar seu legado me deixa extremamente orgulhosa desse ser humano e profissional incrível que ele se tornou.
Dr. Carlos Benetti, meu pai era o coordenador do COHR - Centro de Oftalmologia Humanizada de Referência, onde atuam um grupo de oftalmologistas da família. Ele acompanhou e vivenciou todas as fases da cirurgia, à época da extração total do cristalino (intracapsular), da facoemulsificação, e atualizou-se nas cirurgias de catarata com laser e lentes premium (que dispensam o uso de óculos).
Atualizações e a busca por novas técnicas cirúrgicas foram os diferenciais na vida dele, assim como diversas mudanças nas clínicas, sempre com um toque especial de minha mãe Solange Benetti. Companheira, lembro-me das diversas vezes em que se preocupava, levando café e bolo ao centro cirúrgico da Santa Casa.
Não raro, os casos de pacientes, com suas alegrias e tristezas, faziam parte das nossas horas de almoço. Datas comemorativas como natais e aniversários tinham as festividades interrompidas para atender chamadas do Pronto Socorro. Foi uma trajetória intensa e atribulada.
Lembro-me em especial, de um jantar oferecido no Terraço Itália, onde meu pai foi receber o Prêmio “Aquarela do Brasil”, por mais de mil cirurgias de catarata realizadas gratuitamente através de um projeto do Lions. O então Presidente do Lions Clube da época, Dr. Carlos Figueiredo, fez a entrega do prêmio.
Lembro-me também do intensivo que meu pai fez no Instituto Barraquer de Barcelona, na Espanha. Meu pai já estava implementando a lente perpendicular há dois anos, com sucesso absoluto. Não posso deixar de contar um pouco da sua trajetória pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, com alguns amigos na Bahia, Pará e Acre. No Pará, íamos de barco atender os ribeirinhos. No Acre, atendemos em Cruzeiro do Sul, nos hospitais de leprosos. São muitas histórias vivenciadas, não somente como médico e amigo, mas como ser humano.
Certa vez, no Acre, meu pai foi à penitenciária onde estavam os prisioneiros mais perigosos. A medicina fez parte da vida do meu pai, assim como a sua vida faz parte da medicina. Esse sacerdócio foi cumprido de acordo com as Leis de Deus. Essa é apenas um breve relato sobre o caminho percorrido, para que seja possível compreender a importância desta pessoa para nós, sua família, como também para tantas pessoas que esse médico especial devolveu o brilho nos olhos.
Obrigada por me ensinar não só Medicina, mas o amor por tudo isso.
(por Júnia Kill Benetti, filha do Dr. Carlos Benetti. Texto publicado pela Revista Vitrine Mulher em 2020)
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