27/08/2020
DA REPORTAGEM
Os moradores da comunidade indígena Icatú, que fica no município de Braúna, realizaram, nesta terça-feira (25) testes rápidos para detectar o Covid-19. A ação foi realizada a pedido da Secretaria Especial de Saúde Indígena e também do Ministério Público de São Paulo e atingiu mais de 150 moradores.
Segundo o que foi divulgado, dos testes realizados, dois teriam apresentado resultado positivo para a doença. O teste, que verifica a resposta do sistema imunológico ao vírus, serve para saber se o corpo já criou anticorpos para o vírus, o que significa dizer que estas pessoas já foram contaminadas pela doença e que possuem anticorpos ativos. Elas serão isoladas e farão o exame RT-PCR, responsável por identificar o vírus no período em que está no organismo.
Segundo a enfermeira Thaís Caetano, os indígenas, em geral, correm o risco de ter agravamento da doença por terem pouco contato com novas doenças, o que retarda a ação de anticorpos. “Os indígenas são do grupo de risco por imaturidade do sistema imunológico a doenças novas. Então, nesse caso de uma doença de infecção viral, a tendência é se agravar por conta da demora da resposta do sistema imunológico dele”, explicou.
Até o final desta semana, as equipes da Secretaria Especial de Saúde Indígena percorrerão seis aldeias do interior de São Paulo para testar mais de mil moradores de comunidades.
Além da testagem em massa, uma barreira sanitária foi montada na comunidade Icatú. Somente moradores e pessoas autorizadas podem entrar na aldeia depois de aferirem a temperatura. Os pneus dos carros e das motos também estão sendo desinfectados.
“Tem um pessoal que trabalha fora. Isso é nossa maior preocupação. Eles saem e voltam. Com o teste, vamos ver se estão ou não com o vírus. É importante demais ter esses testes rápidos para preservar nosso povo”, afirmou o cacique, Ronaldo Cancri.
Positivos
Um em cada quatro indígenas já testou positivo para o coronavírus no estado de São Paulo, segundo dados divulgados nesta terça-feira (25) pela Frente de Apoio aos Povos Indígenas do Brasil (Fapib), em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai).
Das quase 3.200 pessoas que vivem em aldeias, 852 testaram positivo para o vírus. Quatro delas morreram. A capital teve os piores resultados: foram mais de 750 casos e 3 mortes.
Nos cinco meses de pandemia, o governo federal ofereceu apenas uma cesta básica para as famílias nas aldeias. Sem alternativa, os indígenas foram obrigados a romper o isolamento social e ir até a cidade para comprar alimentos.
"Essa população ficou totalmente à mercê da doença, pois não está bem alimentada e fica mais vulnerável ao vírus", disse o gestor ambiental Edmilson Gonçalves.
(Rafael Machi – Com informações G1)
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