Penápolis, 06/10/2024

Menu Pesquisa
Diário de Penápolis

Geral

14/07/2020

Grupo calcula 90 mil mortes até o fim do mês

Até o fim deste mês o Brasil deve registrar 2,5 milhões de casos de covid-19 e até 90 mil mortes provocadas pela doença. A previsão é do grupo Covid19Analytics, composto de economistas da PUC-RJ e da FGV, que vem tendo um dos melhores índices de acerto nas previsões de curto prazo sobre a epidemia, com margem de erro de apenas 2%.
De acordo com os especialistas, houve uma estabilização no número de mortes, porém num patamar ainda considerado muito elevado, que varia de 900 a 1.100 registros por dia. Tampouco há ainda previsão de queda: até o fim do mês a previsão é de que o gráfico seguirá estável.
"Não parou de morrer gente e as pessoas vão continuar morrendo", frisa o economista Marcelo Medeiros, um dos coordenadores do grupo. "Mas o fato é que vinha numa aceleração muito rápida, exponencial, e deu uma desacelerada."
Segundo o último relatório do grupo, divulgado no dia 10, a epidemia está em franca interiorização e é extremamente heterogênea no país. Quando são comparadas as situações de diferentes estados, municípios e até mesmo regiões específicas dentro das cidades as realidades são muito diferentes.
"São várias ondas diferentes e misturadas", disse o economista. "Os Estados, e mesmo os municípios, estão em tempos epidemiológicos muito diferentes."
Em relação ao número de reprodução (aquele que revela quantas pessoas em média um infectado contamina), ele se mantém estabilizado no país em 1,15. O ideal é que este número esteja abaixo de um. O número ideal só foi alcançado no Pará e no Amapá. Nos outros estados e no Distrito Federal o número de reprodução varia entre 1,0 e 1,5.
Ainda assim, o número de mortes parece estabilizado em São Paulo e em queda no Rio de Janeiro, segundo os economistas.
"São Paulo conseguiu dar uma achatada na curva e espalhar mais as mortes", explicou Medeiros. "No Rio, houve um pico grande e uma queda. Quando comparamos o número de mortes por milhão de habitante, o Rio teve uma taxa maior do que a da Suécia, equivalente à da França, quase igual à da Itália. Mas como o nosso sistema de saúde não entrou em colapso, não tivemos a real dimensão da tragédia."
O economista frisa, no entanto, que os números não refletem ainda a recente flexibilização das medidas de isolamento social em vários estados. A nova realidade só começará a aparecer dentro de pelo menos duas semanas.

(Com Conteúdo Estadão)


Você é assinante?

Então, faça seu login e tenha acesso completo:

Assine o Diário.
VEJA TAMBÉM

06/10/2024 - Operações zeram abertura de garimpos na TI Yanomami, diz Casa Civil

05/10/2024 - Saiba como pesquisar o local de votação nas eleições municipais

04/10/2024 - Brasil e Estados Unidos iniciam debate para cooperação em energia

03/10/2024 - Queimadas aumentam em São Paulo e atingem 10 municípios

03/10/2024 - Cid Moreira morre aos 97 anos

02/10/2024 - Saiba como baixar o e-Título para votar no primeiro turno

01/10/2024 - STF suspende condenação de cientistas que desmentiram fake news

01/10/2024 - Ampliação da rede de internet 5G permite acesso a 96% da população

Voltar à lista de notícias

Diário de Penápolis. © Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.