21/10/2025
Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta terça-feira (21) pela Polícia Civil do Estado de São Paulo contra uma organização criminosa que atua na adulteração de combustível e lavagem dinheiro em postos de gasolina. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Santos, Praia Grande e Araraquara.
Trata-se de um desdobramento da Operação Carbono Oculto, uma investigação da 3ª Divisão de Investigação sobre Crimes contra a Administração e Combate à Lavagem de Dinheiro (Dicca).
Desde agosto, a operação investiga um esquema bilionário do crime organizado no setor de combustíveis.
Segundo a polícia, em um dos postos foi constatada adulteração no combustível, além de fraude volumétrica, com bombas que dispensam menos combustível do que o indicado no visor.
A vistoria contou com apoio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e da Secretaria da Fazenda.
Segundo o delegado Tiago Fernando Correia, responsável pela operação, o objetivo atual é investigar postos de combustíveis ligados a um familiar do principal alvo da Operação Carbono Oculto.
“Estamos analisando esses postos para saber se estão em condições adequadas para o consumo, se há sonegação fiscal e descobrir quem são os sócios ocultos com envolvimento nesse esquema criminoso”, disse.
Para a ação, que segue em andamento, foram mobilizados 32 policiais civis, além de equipes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara. Os casos serão registrados na 3ª Dicca, do DPPC.
Operações criminosas
Desde agosto, as autoridades responsáveis identificaram mais de 300 postos de combustíveis com irregularidades em vários processos de produção e distribuição.
Uma das fraudes apontadas era a importação ilícita do metanol. Segundo o Ministério Público, o produto não era entregue aos destinatários indicados nas notas fiscais.
O metanol, que chega ao Brasil pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, era transportado clandestinamente para outro destino. Também era utilizado para adulterar combustíveis, o que representa risco para motoristas, pedestres e para o meio ambiente, pelo caráter inflamável e tóxico do produto.
Há também indícios de que os investigados fraudavam o pagamento das redes de combustíveis. A Polícia Civil aponta que os criminosos simulavam a compra dos espaços, mas não pagavam os proprietários. Ameaças de mortes eram feitas aos cobradores.
Os lucros eram distribuídos por uma grande rede de pessoas, instituições de pagamento e fundos de investimento, a fim de ocultar os verdadeiros beneficiários do esquema.
Os criminosos também utilizavam fintechs para dificultar o rastreamento dos recursos.
(Com Agência Brasil)
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