Penápolis, 21/09/2025

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21/09/2025

CANTINHO DA SAUDADE

Memórias do Carboni: Exercícios Populares - Parte 2

Continuando o artigo anterior sobre os exercícios populares, temos a flexão do pescoço que, como o próprio nome diz, usa-se mais essa parte do corpo e é mais recomendável fazê-lo ao atravessar as ruas centrais da cidade, não se esquecendo, porém, das ruas periféricas. 
É fácil de fazer e ajuda a irrigação de sangue para o cérebro e ainda previne um possível atropelamento, mas é contra-indicado para pessoas com problemas de pressão alta ou labirintite. 
Consiste em virar repetidamente a cabeça de um lado a outro como se estivesse assistindo uma partida de tênis ou pingue-pongue e serve para desviar-se de bicicletas na contramão, que surgem inesperadamente do nada, motoqueiros que em sua maioria são irresponsáveis e são muito perigosos nas ruas, trafegando em alta velocidade e desrespeitando os sinais de trânsito, alguns adolescentes com suas motos elétricas e silenciosas, outros adolescentes com suas bicicletas motorizadas e barulhentas, que também não respeitam sinais de trânsito. 
Alguns motoristas também dão sua contribuição para os praticantes desse exercício, pois muitas vezes sinalizam que vão virar para um lado e viram para o outro. 
Para quem pouco ou quase nunca sai de casa, há o jogo da paciência. No jogo tradicional, usa-se um baralho, mas nessa nova versão, o mesmo é dispensável, usando-se apenas a força interior.
É muito simples e consiste da pessoa ficar assistindo seu programa favorito de televisão (futebol, novela, etc.) e lá na rua acontece a maior barulheira, através de vendedores de verduras, frutas, pamonha, sorvete, bolacha, propaganda de lojas, mercados ou politicas, motos com escapamento aberto. 
Mesmo tendo a impressão que o citado carro com alto-falante parou em frente a sua casa e mesmo não entendendo nada do que se passa na televisão por causa do barulho, você não se mexe no sofá, usa todos os músculos para ficar calmo e tenta convencer-se que nada daquilo está acontecendo, e que você está numa praia deserta com a pessoa amada.
Uma variante desse exercício consiste no seguinte: você pode estar assistindo televisão, descansando, fazendo comida, lavando roupa ou limpando a casa, e precisar largar tudo para atender a campainha ou o bater de palmas no portão.
Geralmente, as pessoas que batem a porta, não possuem o famoso e importante, mas tão desprezado “desconfiômetro” e veio te enrolando no portão. 
Como a conversa vai se prolongando por muito tempo, você procura esquecer o almoço esfriando na mesa, o arroz e o feijão queimando no fogão, o nenê chorando que quer mamar, o filho mais velho que tem de ser mandado para a escola, etc e tal. 
Você procura manter-se contente e tratar educadamente aquele vendedor de bugigangas, de plano funerário, de perfume, pano de prato, carteiro, o boy do banco, o cobrador da loja, o evangélico te explicando a Bíblica e prometendo um lugarzinho no céu, uma amiga falando de frivolidades, só que ela própria tem empregada em casa e por ai vai. Tudo isso na maior paciência. 
Depois de superar todos estes testes, você se sentirá melhor, trabalhará melhor e até dormirá melhor. Foto tirada no campo do Fátima Futebol Clube.

por Mário Carboni - redacao@diariodepenapolis.com.br


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